*#vAi_nEXa#*

Blog de Vanessa Guerreiro Escola EB 2,3/S de Ourique

sexta-feira, junho 02, 2006

João de Barros

João de Barros (c. 1496 - Ribeira de Alitém, Pombal, 20 de Outubro de 1570), chamado o Tito Lívio Português, é geralmente considerado o primeiro grande historiador português.
Filho de um nobre, foi educado na Corte de D. Manuel I, no período de maior apogeu dos Descobrimentos Portugueses, tendo ainda na sua juventude concebido a ideia de escrever uma história dos portugueses no Oriente.

Em 1534, D. João III, procurando atrair colonos para se estabelecerem no Brasil, evitando assim as tentativas de penetração francesa, dividiu a colónia em capitanias hereditárias, seguindo um sistema que já havia sido utilizado nas ilhas Atlânticas dos Açores, Madeira e Cabo Verde, com resultados comprovados.

No ano seguinte, Barros foi agraciado com a posse de duas capitanias, de parceria com Aires da Cunha, o Ceará e o Pará. Barro constituiu, a expensas suas, uma armada de dez navios e novecentos homens, que zarpou para o Novo Mundo em 1539. Devido talvez à ignorância dos seus pilotos, a frota não atingiu o objectivo pretendido, tendo andado à deriva até aportar às Antilhas espanholas.


Demonstrando um grande humanismo, talvez pouco comum para a época, pagou as dívidas dos que haviam falecido na expedição.
No entanto, isto limitou-se a criar grandes problemas financeiros a Barros, com os quais teve que lidar até ao fim da vida, vendo-se mesmo obrigado a hipotecar parte dos seus bens.
Durante estes anos, Barros prosseguiu os seus estudos durante as hora
s vagas, e pouco após a desastrosa expedição ao Brasil, publicou a Gramática da Língua Portuguesa e diversos diálogos morais a acompanhá-la, para ajudar ao ensino da língua materna.

Pouco depois (seguindo uma proposta que lhe havia sido ainda endereçada por D. Manuel I), iniciou a escrita de uma História que narrasse os feitos dos Portugueses na Índia - as Décadas da Ásia (Ásia de João de Barros, dos feitos que os Portugueses fizeram na conquista e descobrimento dos mares e terras do Oriente), assim chamadas por, à semelhança da história leviana, agruparem os acontecimentos por livro em períodos de dez anos.

A Primeira Década saiu em 1552, a Segunda em 1553 e a Terceira foi impressa em 1563. A Quarta Década, por si deixada inacabada, foi completada por João Baptista de Lavanha e publicada em Madrid em 1615, muito depois da sua morte.


Não obstante o seu estilo fluente e rico, as Décadas conheceram pouco interesse durante a sua vida; conhece-se apenas uma tradução para italiano em Veneza, em 1563. João III, entusiasmado com o seu conteúdo, pediu-lhe que redigisse uma crónica relativa aos acontecimentos do reinado de D. Manuel - o que Barros não pode realizar, devido às suas tarefas na Casa da Índia, tendo a crónica em causa sido redigida por outro grande humanista português, Damião de Góis.

Em Janeiro de 1568 Barros sofreu um acidente vascular cerebral e foi exonerado das suas funções na Casa da Índia, recebendo título de fidalguia e uma tença régia do rei D. Sebastião; viria a falecer na sua quinta de Alitém, em Pombal, a 20 de Outubro de 1570. Homem de bom carácter, pode-se dizer que preferiu deixar aos seus herdeiros um exemplo de boa moral.

Na verdade, e embora tenha recebido inúmeras dádivas dos reis para fazer face aos problemas financeiros decorrentes da expedição ao Brasil, Barros morreu na mais completa miséria, sendo tantas as suas dívidas que os filhos renunciaram mesmo ao seu testamento. Enquanto historiador e linguista, Barros merece bem desfrutar da fama que começou a correr logo após a sua morte.


As suas Décadas são não só um precioso manancial de informações sobre a história dos Portugueses na Ásia e são como que o início da historiografia moderna em Portugal e no Mundo. Diogo do Couto foi encarregue mais tarde de continuar as suas Décadas, adicionando-lhe mais nove; a primeira edição completa das 14 décadas surgiu em Lisboa, já no século XVIII (1778— 1788).



No entanto existiu por volta de 1496-1570 um historiador e moralista chamado também João de Barros, proveniente de Vila Verde (Viseu). Filho bastardo de Lopo Barros foi acolhido nos Paços da Ribeira, tendo sido moço de guarda-roupa do futuro rei D.João III.Exerceu depois vário cargo público como: Governador de S. Jorge da Mina; Tesoureiro da Casa da Índia, Mina e Ceuta e foi Feitor da Casa da Índia durante 35 anos.



Bibliografia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/João_de_Barros_(1496)

Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, Vol.s III e XV, Editorial Verbo, Lisboa.

Barreto, António, e Mónica,Maria Filomena, Dicionário de História de Portugal, Vol.I, Livraria Figueirinhas/Porto.

Coelho, Jacinto Prado, Dicionário de Literatura, Vol.III , 3ª Ed., 1985, Porto.

www/CD-Rom:Encarta.

Couto, Célia Pinto, e Rosas, Maria Antónia Monterroso, O Tempo da História, História A, 10º ano, Vol. III, Porto Editora.

Saraiva, A. J. , e Lopes, Óscar, História da Literatura Portuguesa, 17ª Edição, Porto Editora.

http://photos1.blogger.com/blogger/330/1979/1600/joao_barros.jpg

http://photos1.blogger.com/blogger/330/1979/1600/2Barros.png

http://photos1.blogger.com/blogger/330/1979/1600/z1-2.0.jpg

http://pwp.netcabo.pt/0511134301/barros.htm

http://www.universal.pt/scripts/hlp/hlp.exe/artigo?cod=2_13

http://www.angela-lago.com.br/2Barros.html

http://www2.crb.ucp.pt/historia/abcedário/Barros/biografia.html

http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://joaodebarros.tripod.com/barrosnap.jpg&imgrefurl=http://joaodebarros.tripod.com/&h=259&w=240&sz=46&tbnid=K99T8WJEisSTrM:&tbnh=107&tbnw=99&hl=pt-PT&start=2&prev=/images%3Fq%3Djoao%2Bde%2Bbarros%26svnum%3D10%26hl%3Dpt-PT%26lr%3D

http://paginas.terra.com.br/educacao/projetovip/joaobar1.jpg

http://acpc.bn.pt/imagens/colecoes/n11_barros_joao.jpg

http://escola-freixinho.planetaclix.pt/camoes-09.jpg

http://www.larramendi.es/Poligrafos/Imagenes/joao_barros.jpeg

http://www.arqnet.pt/portal/imagemsemanal/outubro0303.html

http://www.corvalliscommunitypages.com/Europe/iberianonislam/decados.htm

http://www.bn.br/fbn/bibsemfronteiras/tesouros/oraras/orara04.html